Vivemos a era da quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0., conceito desenvolvido por Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial (FEM) caracterizada por uma transformação na forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos, em decorrência não somente do desenvolvimento tecnológico, mas principalmente das automações e transformações digitais que ocorrem a partir das novas tecnologias.
Tantas mudanças impactam também as relações entre consumidores e produto/serviço, transformando as relações interpessoais. Como consequência, as empresas precisam se reinventar e encontrar novas maneiras de atender seus consumidores, gerando transformação constante de culturas organizacionais, carreiras e posições de trabalho. A velocidade com que as mudanças acontecem já demandam dos profissionais competências específicas (veja as competências do futuro detalhadas no texto O Futuro do Trabalho e das Profissões).
Segundo o Institute for The Future, em estudo desenvolvido para a Dell Technologies, em 2030 85% dos trabalhos que existirão serão novos.
Nesse contexto, novos modelos educacionais têm surgido, incorporando novas formas de aprendizado e tecnologias exponenciais com o intuito de apoiar o desenvolvimento de habilidades consideradas essenciais para os profissionais do futuro, tais como criatividade, lógica, inteligência emocional, julgamento e conhecimento tecnológico.
Nesse mundo volátil, complexo e dinâmico (e muito!) em que vivemos, com acesso ilimitado e facilitado à informação, não muda somente a forma de aprendizado, como também são ampliadas as possibilidades de obtenção do conhecimento. Além da educação formal proveniente das escolas, independente da abordagem pedagógica que cada instituição adota, o aprendizado se dá através das experiências e do relacionamento com outras pessoas, ou seja, vivências cotidianas como viagens, leituras, palestras, exposições e trocas decorrentes dos relacionamentos interpessoais, são todas experiências que possibilitam a construção de repertório e, naturalmente, a aquisição de conhecimento e habilidades. E, quanto maior o repertório, maior será a chance de se adaptar a cenários não previstos.
Portanto, não somente a forma de adquirir conhecimento já está mudando e mudará ainda mais, mas principalmente, a capacidade de expressá-lo e colocá-lo em prática. A automotivação para buscar constantemente novas experiências e aprendizados e desenvolver suas competências, ou seja, ser um lifelong learner, (eterno aprendiz) também faz parte do contexto de formação desse profissional do futuro.
Frente ao futuro incerto e imprevisível e de tanta informação no momento presente, é natural que busquemos quais os caminhos que levarão nossos filhos a um futuro promissor. No entanto, não há fórmulas mágicas. Como pais, somos responsáveis pelo seu desenvolvimento e formação enquanto indivíduos. São as oportunidades e experiências que uma criança tem entre o nascimento até os 06 anos de idade que darão sustentação para que ela desenvolva todo o seu potencial, impactando tanto o presente, quanto o futuro.
Com a formação profissional não é diferente. Cabe a nós, pais, nortearmos o caminho em busca do conhecimento e aprendizado.
Créditos: Katherine Sorroche é mãe da Alice, Psicóloga, Coach de Carreira e Propósito. Desenvolve consultoria e palestras sobre Parentalidade e Carreira, Futuro do Trabalho e Felicidade no Trabalho, com o propósito de tornar as empresas mais preparadas para acolher os novos profissionais, e preparar os profissionais a fazerem gestão estratégica de sua carreira. Também apoia mulheres em seu desenvolvimento pessoal e redescoberta profissional após a maternidade com programas coaching individual e workshops. Atuou por mais de 15 anos em Recursos Humanos, em posições de liderança apoiando profissionais no desenvolvimento de suas competências.
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