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As escolas tradicionais de inglês estão morrendo?

Recentemente, visitei alguns antigos colegas em uma instituição de ensino onde trabalhei. Para minha surpresa, em 10 anos, essa unidade, que era uma das maiores da rede, perdeu mais de 80% dos seus alunos.

 

Esse cenário não é isolado. Diversas instituições de ensino em todo o Brasil enfrentam a mesma realidade.

 

Em uma entrevista à Revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, executivos da holding Wiser Educação, dona da Wise Up, compartilharam alguns dos desafios que enfrentaram nos últimos anos.



Mas, por que? O mercado de ensino de idiomas está se transformando. O número de escolas bilíngues, com programas bilíngues ou inglês estendido cresceu exponencialmente. Com isso, cada vez mais, as famílias confiam nas escolas regulares para ensinar um inglês de qualidade para seus filhos, sem a necessidade de investir em um curso extracurricular.

 

Dados do MEC refletem tendência do setor


Segundo dados recentes do Ministério da Educação (MEC) houve um aumento expressivo de 64% na busca por escolas bilíngues. A mudança está se mostrando não apenas uma tendência, mas uma necessidade à medida que mais pais reconhecem os benefícios do ensino bilíngue para preparar as novas gerações.

 

A busca por soluções de ensino de inglês mais práticas e eficazes que os tradicionais cursos extras acentuou-se, especialmente nos últimos cinco anos. E apesar de já ser praticado por algumas instituições há bastante tempo, foi recentemente que o Brasil passou a dar mais atenção ao ensino bilíngue.

 

Além disso, com a pandemia do Coronavírus, professores particulares acabaram ficando mais populares e viram um aumento da demanda de alunos para o ensino a distância, por meio de aplicativos de videoconferência, redes sociais e outras plataformas.

A Wise Up, que fechou 75% de suas unidades nos últimos anos, também reportou um aumento significativo na procura por cursos na modalidade a distância.

 

Quais são as principais estratégias das escolas de idiomas para enfrentar os desafios atuais?


Com as mudanças no cenário de ensino de língua inglesa, as instituições optaram por diferentes estratégias, sendo que as principais foram:

 

●      Desenvolvimento de programas bilíngues para escolas regulares: Muitas escolas de inglês, com profissionais experientes, passaram a criar e comercializar seus próprios programas bilíngues.

●      Foco no público adulto corporativo: As instituições direcionaram seus esforços para a capacitação de colaboradores de empresas. Nesse cenário, um foco maior no público adulto.

●      Novas soluções: Cursos de Programação e Robótica foram incluídos na oferta de algumas escolas de idiomas.

 

 

E o futuro das escolas de idiomas?


O Duolingo, aplicativo de aprendizado de idiomas, revelou os resultados de uma pesquisa conduzida em países como Reino Unido, Índia, Alemanha, Argentina e Brasil. Em 119 países, o inglês foi o idioma mais estudado na plataforma, com o Brasil se destacando entre os maiores públicos.

 

Em resumo, as escolas de idiomas estão longe de desaparecer. Na verdade, estão vivenciando um período de transição e transformação. Nos últimos anos, muitas conseguiram se reinventar, enquanto várias novas instituições surgiram e estão prosperando. A demanda por um ensino de qualidade em língua inglesa permanece forte no Brasil, mostrando que o setor continua relevante e necessário.


Sobre o autor


Vanderlei Abrantes é Sócio-Diretor na Prime Educational Solutions, uma empresa dedicada a revolucionar a educação no Brasil, oferecendo soluções inovadoras e personalizadas para escolas regulares e bilíngues.


A Prime é representante exclusiva do VTest no Brasil, uma iniciativa do Grupo Burlington, que há mais de 40 anos publica materiais educacionais utilizados por milhões de alunos em todo o mundo.


Saiba mais sobre a Prime Educational Solutions e os serviços oferecidos para escolas no Guia para Escolas da SchoolAdvisor. Clique aqui.

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