Pais de escolas particulares se unem e criam movimento para pressionar e garantir a presença de negros dentro das instituições de ensino, o Movimento Escola Antirracista. O grupo foi criado em julho de 2020 com o objetivo de pressionar as escolas a tomarem medidas antirracistas, principalmente, mas não só, a inclusão de estudantes negros e negras nas escolas particulares que hoje estão praticamente fechadas a eles.
Um movimento que nasceu tamanha a discrepância da bolha social em que os filhos vivem somada a consciência de que é preciso fazer parte do movimento antirracismo ao lado dos negros.
Qual escola particular você conhece em que o diretor, ou diretora, é negro? Qual escola particular você conhece em que parte considerável do quadro de professores é negro? Qual escola particular você conhece em que parte considerável dos alunos sejam negros? Se a resposta foi nenhuma, ou quase nenhuma, por favor, continue a ler esta matéria.
Escolas e famílias precisam caminhar juntas na direção de instituições e sociedade mais equânime. Ainda que se inicie e desenvolva dentro dos muros das escolas, é preciso ganhar mundo, como fazem os filhos.
E quais são os movimentos dessa transformação? Juliana de Paula Costa, co-fundadora do projeto em Educação Antirracista Pisar Nesse Chão Devagarinho, afirma: “Nas escolas particulares, o trabalho de educação antirracista não pode limitar-se a pensar em cotas. Não é apenas sobre trazer crianças negras para dentro. É sobre rever o que é esse ‘dentro’: quais lógicas operam na escola? Há pessoas qualificadas para acolher e mediar situações que envolvem racismo? O currículo é permeado de forma positiva e fluida pelas produções de pessoas negras? Há protocolo para mediação de conflito e cuidado quando um profissional negro ou aluno sofre racismo?”.
Leia o artigo completo, escrito pela jornalista Carolina Delboni, no site do Estadão.
Fonte: https://emais.estadao.com.br/blogs/kids/na-escola-dos-meus-filhos-nao-tem-negro-nas-salas-de-aula/
Imagem: Wix
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