Por Renata Martinez, fonoaudióloga da Escola Tarsila do Amaral
Muitos pais procuram nos profissionais de saúde (pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos etc.) as respostas para dúvidas sobre o desenvolvimento da linguagem das crianças: quando se inicia a fala? Quando devo procurar ajuda? Meu filho já deveria estar falando?
Neste sentido, é fundamental compreender a diferença entre os conceitos de fala e linguagem.
Crianças podem apresentar alterações no desenvolvimento da linguagem, que incluem dificuldades e/ou atraso no desenvolvimento da fala, mas são aspectos distintos, em funcionamento e complexidade.
A fala se caracteriza por um ato motor. Os chamados Órgãos Fonoarticulatórios (lábios, dentes, língua, bochechas, palato ou “céu da boca”) se movimentam e se articulam, de maneira a produzir sons específicos, chamados de fonemas, os “sons da fala”. Estes se combinam e formam as palavras. Os movimentos produzidos pela criança ao iniciar a aquisição da fala, a princípio, são significados pelo adulto e inseridos em um universo simbólico. Uma simples repetição de sílabas como “pá-pá” é ouvida e admitida como a representação da palavra “papai” ou “papar”. A criança percebe o significado atribuído à sua vocalização, repete e passa a utilizar em contexto adequado. Assim, graças às inúmeras possibilidades da linguagem, damos função e significado ao ato motor.
As habilidades de linguagem incluem processos mais complexos, como as emoções, as habilidades simbólicas do brincar, a imitação, a representação. A linguagem se expressa de forma verbal e não verbal, por meio de gestos, símbolos, imagens. Se contextualiza na interação com o outro, com o ambiente, permeada pela prosódia (entonação dada como ênfase ao que é dito). Inclui ainda as habilidades sensoriais, auditivas, linguísticas, a atenção, as expressões faciais, a condição de compreender, para então, de diferentes maneiras, comunicar.
Vemos então que, para que possa haver a integração destas duas esferas do desenvolvimento, as crianças precisam de diversos, ricos e constantes estímulos. Estes, por sua vez, envolvem a acolhida, a dedicação, a empatia e a constância. É através da linguagem e dos significados que possibilitamos à criança a comunicação e a sensação de pertencimento.
Artigo escrito por Renata Martinez - CRFa 2. 9765, fonoaudióloga da Escola Tarsila do Amaral
A Escola Tarsila do Amaral é um grande sítio com 11 jabuticabeiras no meio da metrópole paulistana. A escola vive num espaço com mais de 2000 m², sendo 60m² de horta. Fornece alimentação saudável e atende dietas especiais, onde elaboram até 4 refeições por dia. Equipe multidisciplinar especializada com colaboradores em formação constante. Escola sócio-construtivista e humanista, com olhar atento às melhores práticas nacionais e internacionais.
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