A educação antirracista é aquela que ativamente combate toda e qualquer expressão de racismo na escola e no território, reconhece e valoriza as várias contribuições passadas e atuais, em todas as áreas do conhecimento humano, de africanos e afro-brasileiros para o Brasil e o mundo.
Nas escolas, isso significa em primeiro lugar reconhecer que o racismo também existe nesses espaços. Isso porque elas não são imunes e segmentadas da sociedade — elas são constituídas e construídas pelas mesmas pessoas que circulam na sociedade.
Depois, é preciso olhar para as relações que acontecem nesses espaços, intervindo em toda e qualquer fala ou atitude racista. Nesse quesito, vale atenção à confusão do racismo com o bullying: enquanto o primeiro é estrutural, vise somente os estudantes negros e diga respeito à crença violenta de que existem raças superior e inferiores, e todo o conjunto de características que as definem e acompanham, o bullying pode afetar a todos e caracteriza-se por ocorrer exclusivamente nas relações interpessoais.
Outros pontos fundamentais são: garantir que pessoas negras ocupem os espaços de tomada de decisão na escola e trazer representantes do movimento negro para formações e debates com a comunidade escolar de maneira contínua.
Promover a educação antirracista também passa por rever o Projeto Político Pedagógico, o currículo e as práticas pedagógicas, trazendo referências negras nas referências culturais apresentadas, nas imagens pelos murais da escola e na abordagem de todas áreas do conhecimento, até aquelas que parecem mais distantes do tema, como a Matemática.
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