Conheça o projeto antirracista da Escola Ciclo Roda Viva
A Escola Ciclo Roda Viva, em São Paulo, entende que práticas inclusivas, antirracistas entre outras formas de conviver em comunidade, são o princípio básico para a construção de um futuro melhor para a humanidade. Por isso, práticas antirracistas são praticadas e incorporadas no dia a dia da escola, desde o berçário até os anos finais do ensino médio.
A equipe incorporou, no dia a dia, práticas voltadas ao letramento racial e colorismo. Como exemplo, podemos citar os estudos sobre migração, imigração, que abrem portas para discussões raciais, diversidade cultural e o respeito a todas as etnias.
Materiais didáticos como lápis com muitos tons para desenhos da figura humana sempre fizeram parte das escolhas desde a fundação da escola, bem como bonecos negros e indígenas, livros com personagens negros e indígenas em histórias de vida que criam identidade com o dia a dia das crianças.
A escola investe em literatura e arte de autores e artistas negros, indicando e consumindo com os estudantes livros, peças de teatro e músicas, visando ampliar o repertório dos estudantes e suas famílias, além de valorizar esses artistas e autores.
"Não é possível prever aulas específicas ou projetos específicos sobre o antirracismo. Ser antirracista vai muito além de uma série de conteúdos e regras; aprende-se sobre isso vivenciando situações práticas no dia a dia da sala de aula"afirma Gabriela Finatti, Diretora Pedagógica da Escola Ciclo Roda Viva.
Jogos matemáticos, brincadeiras corporais como danças e a capoeira, por exemplo, integram o currículo de forma integral e trazem uma cultura consciente da riqueza que podemos desfrutar graças a trama de raças que vivemos em nosso país, por isso, a valorização das culturas indígenas e afro-brasileira são uma constante.
A forma como a escola ensina e valoriza a África, como berço da humanidade e como continente rico e lindo, favorece uma construção decolonial nos estudantes, que, diferente de nós, percebem a potência do continente africano, da luta do povo negro e a violência na qual nossa cultura foi estruturada.
"O racismo é estrutural e temos consciência disso em nossa escola, lutando para promover mudanças significativas nessa sociedade por meio de ampliação de repertório, acesso ao conhecimento e a valorização da ciência"diz Gabriela.
Com base nisso, a escola convida os estudantes a refletirem sobre como é possível mais da metade da população ser negra, segundo o IBGE, e esse dado estatístico só se confirmar nas penitenciárias, nas comunidades e na população de rua, mas não nos restaurantes que eles frequentam ou em outros espaços que as famílias frequentam. Trabalham com os estudantes a importância de percebermos essa desigualdade e qual é o nosso papel, enquanto cidadãos não negros, que usufruem dos privilégios que o racismo estrutural proporciona, para transformar essa realidade.
"Enxergamos o antirracismo como um dever inerente à nossa prática e não um produto ou mercadoria comercial. Promover o diálogo e refletir sobre os problemas sociais, não tolerando qualquer tipo de preconceito é a base da construção de uma educação humanista e é um dos pilares da Escola Ciclo Roda Viva" conclui Gabriela.
Saiba mais sobre a Escola Ciclo Roda Viva
A Ciclo Roda Viva tem como objetivo proporcionar aos alunos a possibilidade de se apropriarem de ferramentas de aprendizagem com autonomia, autoria, iniciativa, que os tornem capazes de aprender os mais diversos conteúdos, uma vez que vivem cercados de possibilidades e precisam aprender a filtrar, avaliar e praticar de acordo com as necessidades que a vida apresenta.
Para consultar informações completas sobre a Escola Ciclo Roda Viva (mensalidade, níveis de ensino, infraestrutura, qualificações e muito mais), acesse a página da escola no comparador de escolas particulares SchoolAdvisor. Clique aqui.
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