Bullying impacta na percepção de segurança escolar
- SchoolAdvisor Brasil
- 6 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2023
Por SchoolAdvisor
A prática do bullying está diretamente associada à percepção que as famílias têm da segurança nas escolas, conforme revelado por uma pesquisa realizada pela SchoolAdvisor em junho de 2023. A pesquisa também destaca o desequilíbrio emocional e a falta de estrutura familiar como fatores que contribuem para a violência escolar.
Para os pais e responsáveis, lidar com o bullying não se resume apenas ao bem-estar emocional e psicológico dos estudantes, mas também se torna uma maneira de prevenir possíveis ataques violentos nas instituições de ensino.
Viviane Massaini, CEO da SchoolAdvisor, destaca que, na visão das famílias, o bullying é a principal motivação para os incidentes provocados por alunos dentro das escolas, representando um risco à segurança dos estudantes. Ela ressalta que as vítimas de hoje podem se tornar agressores no futuro. A pesquisa revela, ainda, que 77% das famílias considerariam mudar seus filhos de escola devido ao bullying.
É crucial compreender que o bullying não se limita ao ambiente escolar; pode ocorrer em diversos contextos, como clubes, condomínios, escolas de idiomas ou qualquer outro ambiente social em que os estudantes estejam inseridos. A intimidação sistemática, termo legal para o bullying, caracteriza-se por agressões (verbais ou físicas) contínuas e repetitivas do agressor contra a vítima.
Viviane destaca que, na escola, os estudantes passam a maior parte do dia convivendo com as mesmas pessoas, proporcionando mais oportunidades para a prática do bullying. E, com o uso da internet por pessoas cada vez mais jovens, o bullying tem efeitos ainda mais devastadores, ultrapassando os limites físicos da escola e expondo as vítimas a um constrangimento social significativo.
Estratégias de combate ao bullying na escola
O bullying, embora seja um tema recente, ganhou destaque nas preocupações das famílias. Antes dos anos 70, acredita-se que comportamentos agressivos eram vistos como traços naturais da personalidade. No Brasil, o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, por meio da Lei 13.185/15, foi sancionado apenas em 2016, visando erradicar o bullying na escola por meio de campanhas publicitárias, capacitação de profissionais da educação e fortalecimento do diálogo entre escola e família.
Apesar dos esforços crescentes para combater o bullying nos colégios, sua solução não é simples e rápida. Depende da educação e conscientização de todos os membros da comunidade escolar e da sociedade em geral. As escolas têm adotado programas socioemocionais e de letramento digital para conscientizar os estudantes, seguindo as diretrizes sugeridas na Base Nacional Comum Curricular - BNCC.
A pesquisa da SchoolAdvisor revela que as famílias reconhecem sua responsabilidade no combate ao bullying. A maioria (58%) acredita que promover maior envolvimento familiar na escola é efetivo para melhorar a segurança; e mais da metade (60%) deseja que as escolas estabeleçam regras claras e punições adequadas para comportamentos violentos.

Como identificar o bullying na escola
Identificar o bullying nem sempre é fácil, pois as vítimas podem se calar por vergonha ou medo de confrontar o agressor. Famílias e educadores devem estar atentos a sinais como queda no rendimento escolar, apatia, faltas sem justificativa, mudanças comportamentais e baixa autoestima.
É essencial que as famílias compreendam que seus filhos podem ser tanto vítimas quanto agressores. Conversar abertamente com os filhos sobre os efeitos psicológicos do bullying e suas implicações legais é fundamental, independentemente do papel que desempenham nessa dinâmica, conclui Viviane.
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