Por Colégio Rio Branco
Todos sabemos que o ser humano é em si um ser social, bem como todos somos cientes dos desafios que a convivência em grupo impõe. Nesse sentido, torna-se utópico a crença de que as afinidades entre os indivíduos se sobrepõem a toda e qualquer divergência, ao ponto de passarem despercebidas. A verdade é que o cotidiano também contempla eventuais discussões, críticas que desagradam, comentários ácidos, conflitos entre opiniões, dias ruins, “brincadeiras” que incomodam e brigas no pátio do colégio.
Porém, nos preocupa quando o casual se torna rotina; quando atos, palavras ou comportamentos que geram sofrimento e danos a outrem são utilizados de forma intencional, frequente e sistemática, direcionados, deliberadamente, a alguém, por uma ou mais pessoas. Nesses casos, estamos diante de um ato de violência, nos deparamos com o bullying. Infelizmente, essa problemática que acomete diferentes faixas etárias também permeia diversos ambientes, dentre eles: o condomínio, o clube e, mais comumente, a escola.
A tríade do bullying na escola
Nos casos de bullying, há uma tríade: a vítima, o autor e as testemunhas.
A vítima é quem tem uma ou mais características colocadas em evidência, sejam elas de ordem física, cognitiva ou comportamental - o alvo usual costuma ser aquele que não se enquadra, por qualquer razão, em um padrão preestabelecido pelo agressor. Algumas manifestações comuns a estas crianças e adolescentes que podem ser percebidas no dia a dia são: frequência irregular às aulas, pedidos para troca de sala sem justificativa aparente, baixa autoestima, tristeza ou irritação contínua e queda brusca no rendimento escolar.
Em sua maioria, as vítimas têm dificuldade de expor os seus sentimentos em relação ao acontecimento, muitas vezes assumindo uma culpa por não se enquadrar dentro daquilo que acaba entendendo por ser um padrão necessário e obrigatório. Dessa forma, quando a vítima é uma criança, é preciso que os adultos que a acompanham tenham a sensibilidade de perceber as pequenas alterações comportamentais, tais como as descritas acima, além de estimulá-la a compartilhar tanto a situação vivenciada; quanto os sentimentos que ela desperta. Isso pode ser feito por meio do diálogo, da arte, da escrita, de leituras ou mesmo por meio de brincadeiras.
Ações como estas estreitam laços e permitem o acolhimento das feridas que se abrem pelas agressões, que podem ser praticadas de forma física, verbal, social, psicológica, material ou virtual. O tempo e a regularidade das mesmas contribuem de maneira significativa com o agravamento dos seus efeitos, podendo até mesmo haver a manifestação de transtornos psiquiátricos como quadros de depressão e sintomas de ansiedade, entre outros - o que reforça a importância de estarmos atentos aos sinais e agirmos de forma rápida e assertiva a fim de resolver a situação.
Nós, adultos, pais e educadores, também precisamos olhar com zelo para o outro lado da moeda, o viés dos autores (aqueles que cometem as agressões), para que possamos buscar compreender o que desencadeia este tipo de comportamento. Algumas vezes, há uma distorção de pensamento e a agressividade é vista por ele como uma qualidade; há, como intenção, por exemplo, o sentir-se popular no grupo. Já em outras, trata-se de um indivíduo com questões psíquicas específicas ou mesmo histórico de agressões direcionadas a si e que, por essa razão, de alguma forma, transfere suas marcas pessoais por meio da agressividade ao outro.
Além da vítima e do autor, não podemos deixar de citar as testemunhas. Elas são o entorno, os pares não diretamente envolvidos nas agressões, mas que presenciam estes acontecimentos sem se manifestarem. Em geral, este silêncio, a tendência de se calar se dá por receio, ninguém almeja vir a se tornar a próxima vítima em um cenário tão hostil como esse. Não é ao acaso que se tem a implementação da Lei Antibullying (Lei 13.185/15), em nosso país.
O bullying no ambiente escolar
No ambiente escolar, enxergamos os reflexos da sociedade. Vejam como é poderoso o valor do exemplo: quão mais intolerantes, agressivos e preconceituosos ou mesmo indiferentes formos ao outro, maior será o índice de crueldade, injustiça, intolerância e passividade nesse micro organismo social onde as nossas crianças e adolescentes passam grande parte do seu tempo e interagem com o maior número de pessoas.
Acreditamos que é nosso dever propiciar na escola um ambiente saudável e que a melhor forma de agir é a prevenção. Na receita da boa convivência, colocamos o respeito como ingrediente principal, mas acrescentamos algumas outras sugestões que podem torná-la ainda mais harmoniosa.
Fortalecimento do vínculo com a família e o aluno: o diálogo favorece uma comunicação aberta e sincera; por meio da confiança conseguimos nos apropriar dos acontecimentos, o que abre espaço para possíveis reclamações, queixas ou mesmo denúncias.
Ações que levem em conta a temática da diversidade: no Colégio Rio Branco, por exemplo, no “Projeto Com-Vivência”, questões sociais e comportamentais que estão em evidência na turma são trabalhadas com as crianças em um momento específico da semana.
Já entre os adolescentes, essa é uma temática recorrente, por exemplo, nos encontros de mentoria organizados pela Orientação Educacional.
Estimulação à cooperação e aos trabalhos em grupo: nessas situações a atenção dos alunos dirige-se para execução de uma tarefa em comum e não para aquilo que os distingue. Estabelecer regras com o grupo coerentes com os valores da instituição e com seu respectivo regimento escolar.
Esclarecer toda a equipe sobre o que é o bullying, como buscar preveni-lo e a importância da identificação precoce deste tipo de situação para tomada de ações imediatas.
Reconhecer e valorizar as atitudes dos alunos que demonstram assertividade, empatia e respeito ao outro.
Por fim, sinta-se à vontade para acrescentar novos ingredientes ou mesmo para adaptar a receita para outros contextos - inclusive o familiar. Se é dito que grandes coisas são feitas pela junção de muitas pequenas coisas, que façamos cada um, à sua maneira, pequenos gestos em prol de uma sociedade mais igualitária. E você, o que acrescentaria?
Juliana Góis é Orientadora Educacional de Apoio à Aprendizagem no Colégio Rio Branco, psicóloga e psicopedagoga, especialista em Neuropsicologia e mestre em Neurociência. Atua na área clínica e educacional.
Saiba mais sobre o Colégio Rio Branco
No Colégio Rio Branco, a diversidade e o respeito às diferenças são valores fundamentais para o processo de aprendizagem de crianças e jovens, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Cada aluno é acolhido em seus sentimentos e em suas necessidades, e visto como um sujeito que constrói conhecimentos e transforma seu entorno. A escola ampliou o foco na educação sem fronteiras ao integrar o currículo brasileiro e o internacional, com as parcerias com a inglesa Fieldwork Education, para a educação infantil e o ensino fundamental, e a canadense Rosedale Global High School, para o ensino médio.
O Colégio Rio Branco se destaca por:
Formação internacional e multicultural
Protagonismo dos estudantes
Aprendizado por projetos
O Colégio Rio Branco tem duas unidades, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, e na Granja Viana. Confira abaixo mais informações sobre as unidades:
Colégio Rio Branco Higienópolis
Localizado na Av. Higienópolis, 996 - Consolação, o Colégio Rio Branco Higienópolis atende alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais, e Ensino Médio. A unidade conta com Auditório, Câmeras de Segurança, Pátio Coberto e Descoberto, Quadras de Esporte, Laboratório de Robótica/Maker e muito mais! Para ver a infraestrutura completa e saber qual o valor da mensalidade do Colégio Rio Branco Higienópolis, clique aqui e acesse o comparador de escolas particulares SchoolAdvisor.
Se preferir, entre em contato com o Colégio Rio Branco Higienópolis por WhatsApp. Clique aqui.
Colégio Rio Branco Granja Viana
O Colégio Rio Branco Granja Viana está localizado na Rod. Raposo Tavares, 7200 - Granja Viana, em Cotia. A escola particular oferece turmas para alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos Finais, e Ensino Médio. A infraestrutura do Rio Branco Granja Viana possui Área Verde, Câmeras de Segurança, Estacionamento, Parque, Pátio Coberto e Descoberto, Quadras de Esportes, Piscina e muito mais! Conheça a infraestrutura completa e saiba qual o valor da mensalidade do Colégio Rio Branco Granja Viana no comparador de escolas particulares SchoolAdvisor, clique aqui.
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