top of page

Escolas Antirracistas 2022: Colégio Rainha da Paz

Atualizado: 17 de nov. de 2023

Um espaço para se reconhecer e ter lugar de fala. É assim que Jonathas Vieira da Costa, da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Rainha da Paz, define o Coletivo Preto, criado em 2018 por um grupo de alunos negros da escola. “Queremos ser um espaço de visibilidade e mudança sobre discriminação e preconceito", afirma a colega Larissa Madalena da Silva, também da 3ª série do Médio.

O Coletivo nasceu com a vocação de falar sobre as questões raciais ao longo de todo o ano, e não só no dia da Consciência Negra. Para isso, os alunos organizam momentos de conversa com convidados, fazem painéis para difundir e celebrar ídolos negros pouco conhecidos e realizam encontros entre si em que discutem sobre racismo estrutural. “Falamos de violência policial contra pretos, temas relacionados à periferia e estereótipos, como cabelo, uso de turbante e rap”, conta Jonathas.

Durante o ano de 2020, por conta da pandemia, o Coletivo se desarticulou, mas com a volta das aulas presenciais, os encontros foram retomados e um monte de ideias já estão fervilhando na cabeça dos estudantes, com o apoio de alguns professores que também estão engajados no projeto.

Mudança de conceitos

Segundo Larissa, é importante que a comunidade do Colégio saiba as coisas verdadeiras e positivas da favela, das comunidades e da realidade de ser preto. “O Coletivo Preto é para as crianças e jovens do Rainha mudarem o conceito pejorativo associado à comunidade preta e aos pobres e crescerem com referências positivas, prontos para combater o racismo e o preconceito", explica a aluna. Para isso, nas palavras de Larissa, “é fundamental promover ações para gerar empatia entre as pessoas, a empatia pela realidade que o outro vive, que é diferente da que você vive".

Segundo os alunos, o principal desafio é a própria manutenção do Coletivo: motivar as pessoas a participarem e conseguir ampliar essa participação. "Os mais velhos têm que passar para os mais novos esse espírito de engajamento", diz Larissa. “Precisamos dar continuidade, é uma semente que precisa ser regada”, completa Jonathas.

“Meu sonho é que o Coletivo Preto do Rainha vá para além dos muros da escola. Que possa se juntar com outras escolas particulares aqui da região para ter mais força e dar mais visibilidade para o combate ao racismo", diz Larissa. “Desejo que o Coletivo seja motivo de orgulho para o Rainha, essa escola acolhedora que ensina seus alunos a buscarem seus direitos", conclui a aluna.

Com certeza, não nos faltam motivos para termos orgulho dos nossos alunos! Que a diversidade continue sendo nossa guia e que iniciativas como o Coletivo Preto tenham sempre espaço para desabrochar em nossa comunidade.


Artigo enviado pelo Colégio Rainha da Paz

Imagens: Colégio Rainha da Paz


Saiba mais sobre o Colégio Rainha da Paz

Fundado em 1950 pelas Irmãs Dominicanas da Congregação Romana de São Domingos, o Colégio Rainha da Paz prioriza uma pedagogia baseada no respeito, cooperação, dignidade e ética.

Como entidade filantrópica sem fins lucrativos, o Rainha dispõe de uma política de bolsas de estudo que atende a critérios sociais de renda. Dessa forma, cerca de 20% do total de alunos matriculados na escola são bolsistas.


Para ter informações completas sobre a escola, acesse esse link.




bottom of page