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Meu filho pode migrar de abordagens pedagógicas sem ter prejuízos no aprendizado?

Por Mariana Ruske, sócia-fundadora da Senses Montessori School


Escolher uma escola nem sempre é fácil! Muitos aspectos devem ser considerados nessa importante decisão. Sinergia com os valores da família é absolutamente fundamental, mas muitos outros quesitos - econômicos, de logística e localização, devem ser considerados.


Quando este processo chega na etapa de busca da metodologia ideal, muitas são as dúvidas que se acumulam na cabeça e no coração dos pais e mães. É uma decisão que gera ansiedade, como se fosse um caminho sem volta - escolher agora para o resto da vida da criança. E esta é, sem dúvida, uma preocupação autêntica. Afinal, a primeira infância é a fase mais impactante das nossas vidas, e as experiências nela vividas ecoam a muito longo prazo.


Por outro lado, a boa notícia é que uma criança que tem suas necessidades de desenvolvimento respeitadas e atendidas nesta fase tão sensível, estará muito mais preparada para quaisquer mudanças ou desafios que a vida apresentará. Para quem não é da área, metodologias pedagógicas podem parecer um grande mistério. Existe confusão, inclusive, entre os profissionais da Educação.


Nesta busca, é importante considerar que essas abordagens refletem o contexto histórico, a motivação e o trabalho de quem as desenvolveu.


No caso de Maria Montessori, a busca central da sua pesquisa, que conduziu todo o desenvolvimento da metodologia, foi a compreensão do funcionamento do cérebro e as necessidades do indivíduo durante este processo de maturação. Com raízes fortes no construtivismo, abordagem da qual a médica e cientista participou ativamente, a metodologia montessoriana reconhece e valida as capacidades inatas da criança: o fato do ser humano possuir em si, desde o nascimento, o desejo e o instinto de explorar, de aprender e de tornar-se autossuficiente.


Dentro deste contexto, o papel do adulto está nos bastidores: em guiar ao invés de impor-se; em atuar no apoio, ao invés de protagonizar. Desta forma, a criança tem a oportunidade de encontrar seus caminhos, aprimorar suas ferramentas e recursos próprios de aprendizagem, de autoconhecimento, autoconfiança, regulação de emoções e socialização.


Ela poderá trabalhar comportamentos, competências e habilidades fundamentais para todos os aspectos de sua vida futura. Vale ressaltar, aqui, que esta gama de recursos é absolutamente individual. Daí a importância de cada criança estar no centro do seu processo.


Este é o papel fundamental da educação na primeira infância: formar indivíduos preparados para o Mundo. Mundo este que gera mudanças, frustrações, erros, desconforto. Não é papel da escola ou da família, seja nesta etapa inicial do crescimento ou em etapas mais avançadas, proteger a criança destas situações, e sim ajudá-la a desenvolver seu próprio repertório para superá-las de forma sadia. Um repertório que é, em nosso entendimento, o melhor presente que se pode oferecer a um ser humano em construção.


A neurociência nos mostra que a base da nossa personalidade e dos nossos comportamentos se forma no início da vida, na primeira infância. Portanto, não sendo possível, por qualquer razão que seja, uma formação completa dentro do Método Montessori, entendemos que os primeiros anos de vida são, claramente, os mais importantes.


Um indivíduo, adulto ou criança, com paixão pelo aprendizado, curiosidade sadia, autoconfiança e autoconhecimento tem diante de si um solo fértil para crescer e vencer desafios, quaisquer que sejam eles, e alcançar o sucesso, independente do significado de sucesso para ele. Não é sobre ser feliz o tempo todo, mas ter todas as ferramentas de propósito, resiliência e autocontrole que permitirão lidar com as mais complexas situações que a vida frequentemente nos impõe.


Imagem: Senses Montessori School


Uma eventual mudança de cidade, de escola ou de metodologia, é apenas mais um dos incontáveis desafios que o mundo real apresenta. O aluno que entra em uma escola tradicional vindo de uma escola montessoriana talvez estranhe alguns aspectos, como por exemplo a pressão por notas altas. Afinal, dentro da nossa metodologia, estudar não é uma imposição e sim uma resposta absolutamente natural a um ímpeto da própria curiosidade.


Talvez um aluno em transição não entenda a imposição de uma grade de horários e conteúdos, visto que está acostumado a apropriar-se de suas responsabilidades e das consequências de suas escolhas. Mas está tudo bem, afinal, esta será apenas mais uma adequação necessária a um novo contexto.


Um contexto transitório, como tantos outros. Adaptar-se também faz parte do cerne dos ensinamentos da metodologia montessoriana.


Não tenhamos, portanto, receio de mudanças. Elas irão acontecer e são parte natural e importante da vida. Tenhamos receio, isto sim, de não estarmos preparados, ou de não estarmos preparando nossos filhos para elas.


E que venham os desafios e os imprevistos. Para uma mente preparada para o mundo, esta será apenas mais uma oportunidade para crescer e aprender!




SAIBA MAIS SOBRE A SENSES MONTESSORI SCHOOL


A Senses Montessori School é uma Escola Montessori de Excelência, um centro de referência para democratizar o método no Brasil e proporcionar um ambiente para a criança desenvolver todo o seu potencial. A escola é bilíngue e recebe crianças de quatro meses a seis anos. Os agrupamentos são compostos por alunos de idades mistas, separados em Bebê Cientista (berçário), Cientista Júnior e Cientista Sênior. A locação em cada sala é feita a partir de uma avaliação da maturidade sócio emocional e cognitiva da criança, sendo a idade uma referência média para esta separação.



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