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O perfil do profissional do futuro

A presença das gerações Y e Z no mercado não pode mais ser discutida como mera possibilidade: a imersão da juventude no universo corporativo já existe e exige que as empresas mais tradicionais adaptem seus processos internos para abrigar uma nova dinâmica que definirá o futuro do trabalho.



O termo “youthquake”, eleita pelo dicionário Oxford como a palavra de 2017, é capaz de traduzir o fenômeno que a participação da juventude no mercado de trabalho está causando em todo o mundo: mudanças culturais, estruturais e políticas. São as novas gerações, que hoje ocupam a maior parte dos cargos de “entrada” nas empresas, que estão progressivamente traçando qual é o perfil dos profissionais do futuro – afinal, essas pessoas irão liderar as companhias em alguns anos.

Uma das principais mudanças se deve à sua forma de enxergar o trabalho, que agora vai muito além da remuneração e das vantagens materiais que um emprego pode fornecer. A tendência é que os profissionais cada vez mais valorizem o bem-estar e a conexão entre sua vida profissional e seus propósitos e crenças.

Uma de nossas pesquisas revelou que 77,9% dos profissionais acreditam que, no futuro do trabalho, candidatos escolherão as empresas onde irão trabalhar avaliando o propósito e a entrega de valor ao mercado. Outro estudo revelou que o principal motivo para quem planeja trocar de emprego em 2019 é a vontade de encontrar um trabalho mais conectado com seu propósito de vida.

É dentro desse contexto que as novas gerações estão desenhando qual será o perfil do profissional do futuro. Descubra se você encaixa no que está por vir:


Valorização de experiências mais do que de bens materiais

Pesquisas têm mostrado que as novas gerações acreditam que a felicidade não está exclusivamente concentrada em bens materiais ou status na vida profissional. Para elas, as boas memórias provenientes de experiências positivas são bem mais valiosas.

Um estudo americano realizado pela plataforma Eventbrite pode ilustrar o cenário: 78% desses jovens preferem gastar dinheiro com experiências em vez de bens materiais. Pesquisas científicas mostram que eles estão certos: cientistas têm comprovado que a felicidade está nas vivências e não nos bens acumulados.

Essa postura se mantém na vida laboral: os novos profissionais buscam ambientes de trabalho positivos com os quais tenham um alinhamento cultural e que lhes possibilitem a construção de boas experiências.


Flexibilidade como exigência

A crença de que o trabalho é que deve se encaixar com a vida da pessoa, e não o contrário, é cada vez mais compartilhada entre profissionais de todo o mundo. Desse pensamento surge a necessidade de se trabalhar em um lugar que permita flexibilidade em diversos quesitos, como horários e local de trabalho.

Nossa pesquisa que mostrou a percepção dos brasileiros sobre o futuro do trabalho também revelou que 49,8% das pessoas acreditam que a flexibilidade é um ponto fundamental para aceitar um emprego.

A tecnologia favorece essa visão, uma vez que estar presente no escritório não se faz mais tão necessário em um contexto em que a maior parte das informações está disponível na nuvem e pode ser acessada de qualquer lugar, em qualquer horário.


Liberdade para trabalhar

Substituindo as hierarquias engessadas, empresas inovadoras têm implantado uma estrutura em que cada pessoa acaba tendo mais liberdade em sua rotina para pensar, criar e sugerir. Esse modelo de trabalho promove maior sensação de responsabilidade no colaborador, que se sente dono daquilo que está em suas mãos.

Esse modo de atuar na empresa também está relacionado a uma nova visão da liderança: em vez de simples “mandante”, o novo líder precisa ser alguém influente dentro do time, capaz de fazer com que suas equipes enxerguem valor e vejam a razão de suas atividades.


Valorização da diversidade

As novas gerações são mais conectadas a discussões contemporâneas e esperam que as empresas respondam aos movimentos da sociedade. Por exemplo, no contexto atual em que o feminismo é uma pauta seriamente discutida nas mais diferentes áreas da vida social, é esperado que companhias correspondam aos consensos de que é preciso acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres.

Os novos profissionais desejam se sentir representados dentro do seu ambiente de trabalho, possuindo voz dentro do corpo de funcionários e convivendo com pessoas dos mais diversos tipos. Empresas que trabalham ativamente para resolver essas demandas recebem o reconhecimento de seus funcionários e são classificadas como lugares melhores para se trabalhar.


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